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O voto inconsciente


Em termos de Freud, o voto inconsciente é o do recalque, do ressentimento, da força raivosa do instinto. É a opção que define que não se deve pensar, e tão somente agir, sem ceder ao refletido. Com isso, reporta-se ao ato antipolítico de uma negação, que põe em voga tão somente aquilo que se mostra como apetite do derrisório, da voragem refrativa.


Mas, será mesmo tão somente isso? Ou que podemos encontrar alguma utilidade nesse tipo de lance, nessa permissividade pulsional? Vale lembrar que estamos em tempos duros, opressores, e que só com uma força incomum podem ser desfeitos e ter seus elos destituídos.


Pensando dessa maneira, é que vale talvez designar-se aos rumos da regra nietzscheana de uma fúria medida, um Dionísio que se encontra livre porém conformado com Apolo, ou, como nos dizeres de Marx, por meio de uma destruição criativa.


Assim, libertando-se das pressões moralizadoras, votemos num ato depositando na urna o nosso ódio, porém que dirigidamente nos conduzirá a uma catarse social e prolífica.


Em outras palavras, na eleição que vem, é fora Bolsonaro e Wilson Lima.


Seguimos.

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