A verdade é que não estamos em 2018. Trata-se de uma outra eleição.
O tema política saiu de moda. Ninguém discute mais como antes. A rigor, temos uma população massacrada e desgastada pelo cotidiano, que não mais tem tempo para pensar a práxis do comum. Somente um povo saudável e minimamente satisfeito pode estar apto, inclusive, a lutar por sua plena satisfação.
Isso só mostra que os governantes que ora temos não são políticos. Na verdade, promovem a apolítica, a negação do debate, o enfraquecimento das forças dialogantes de sua gente, a sua redução a frases feitas e lances de propaganda, mas contra as quais a impaciência do eleitor já não se deixa seduzir.
Diante disso, que resta ao sujeito político autêntico, já que este acaba por ser visto sob a mesma lente gasta e fosca?
Para tal pergunta, só existe uma resposta. Retomar a ação coletiva, o pensamento ligado ao ato, num indissociável gesto que é também o manifesto da reflexão.
Somente assim espantaremos os monstros, somente desse modo o animal político pode despertar novamente em cada um.
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